Por Edson Sá
Você conhece o conceito de sociedade 5.0? Para o prof. Arnoldo Guevara, autor do livro Da Sociedade do Conhecimento à Sociedade da Consciência (Saraiva, 2007), trata-se de “uma sociedade centrada no homem, que equilibra o avanço econômico com a resolução de problemas sociais por um sistema que integra ciberespaço e espaço físico como smart homes, tecnologias vestíveis, mobilidade autônoma, assistentes digitais, energia inteligente etc.”.
Sim, vivemos tempos de avanços tecnológicos (desculpe o clichê) nunca antes vistos na história da humanidade. E numa aceleração maior que a proliferação pandêmica, viajamos rumo a um futuro socialmente tecnológico, como prega a ideia da sociedade 5.0.
Seria maravilhoso, se ao olharmos ao redor não víssemos a trágica realidade socioeducacional que vivemos. Afinal, o avanço tecnológico é um resultado direto do desenvolvimento do conhecimento humano – máquinas ainda não se reproduzem, por enquanto!
A condicionante do conhecimento é a educação. São nas bancas e laboratórios escolares que o conhecimento se desenvolve. É ali que estudantes e professores mergulham no que já se conhece, questionam-se sobre tudo e criam o novo. Neste cenário em que as bases do conhecimento são transmitidas e desenvolvidas geração após geração, foi justamente o avanço tecnológico que nos revelou a face mais cruel de uma sociedade que almeja ser igualitária: o distanciamento da escola de quem não tem acesso à tecnologia.
A (grande) maioria dos estudantes brasileiros, especialmente da educação pública, não têm acesso à tecnologia de informação e comunicação que permita vivenciar a educação que lhes é oferecida em tempos de pandemia. Essa realidade se agrava se buscarmos estudantes com acesso a tecnologias de qualidade, que permitam explorar todo o universo educacional em sua plenitude. A situação não é muito diferente no caso dos professores e das próprias escolas. Mesmo as escolas não públicas têm tido grandes dificuldades em aliar tecnologia e educação. Não estávamos preparados para isso!
Apesar de olharmos para o futuro enxergando uma sociedade 5.0, ainda vivemos o presente de uma educação 0.5, isto é, uma educação que não seria suficiente nem mesmo para as primeiras revoluções socio-industriais que a humanidade passou.
É indispensável e urgente um esforço individual e coletivo para que a educação evolua na mesma velocidade da indústria e da sociedade. Há quem diga que o atraso educacional causado pela pandemia não será recuperado neste século. Precisamos mudar essa projeção. Precisamos fazer um futuro diferente a partir de uma mudança no presente. Sim, é possível! Depende de que cada um aja consigo mesmo, com os seus e com os próximos na busca de que todos tenhamos uma melhor educação, ou dificilmente chegaremos a uma verdadeira e justa sociedade 5.0.
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