Por Rodrigo Valentim*
Em toda minha jornada como gestor e empresário, percebi que o conflito é uma moeda com dois lados: um lado proporciona resultados como rupturas, frustrações e perdas, enquanto o outro proporciona crescimento, ganhos e coesão. E qual dos dois lados você ou a empresa vai experimentar, depende da gestão eficaz do conflito.
E nesse momento, a atuação do líder é fundamental, pois é na liderança que estão as habilidades cruciais para uma boa gestão do conflito.
Mas o papel do líder não deveria ser evitar conflitos? Na verdade, não.
Uma vida sem conflitos ocasionaria diversos problemas, como, por exemplo, a inércia (zona de conforto) ou a falta de diversidade de opinião e melhoria contínua do que quer que seja. E, no mundo real, o conflito existe em todo lugar, inclusive dentro de nós mesmos.
Reflita sobre a seguinte situação: o que acontece quando você precisa decidir, tomar uma decisão e está dividido? Se existe alguma perda em optar por A em detrimento de B que seja significativa para você, certamente entrará em conflito.
Então você duas opções: optar por ignorar ou decidir de qualquer maneira, sem querer pensar muito, torcendo para que algo aconteça e tudo se resolva sozinho da melhor forma possível; ou ser protagonista da sua vida, levantar todos os pontos envolvidos e tomar a melhor decisão baseado no seu conhecimento e experiência de vida.
A chance de você ter mais sucesso certamente está na segunda opção. Pois, mesmo que não saia da forma como você queria, sem dúvidas você terá tido a oportunidade de aprender algo e incorporar habilidades importantes para uma próxima situação de conflito.
A mesma coisa acontece quando o líder está diante de um conflito em sua equipe. Ele pode ignorar e ver o que acontece. Normalmente será a perda de talentos, atrasos nos projetos, prejuízos e mais problemas no futuro.
Mas se ele fizer a correta gestão do conflito, a chance de conseguir resultados extraordinários é muito maior.
E quais habilidades ele precisa para isso? Podem ser muitas, porém destaco três aqui: Comunicação não violenta, inteligência emocional e empatia. E não basta somente o líder as possuir, é importante que atue como um verdadeiro coach e desenvolva as mesmas em sua equipe.
Ao lidar com um conflito utilizando a comunicação não violenta, o líder saberá escutar todas as partes envolvidas, dando oportunidade de explicar os desejos e necessidades. Mostrará com isso respeito ao time, demonstrando que todos são importantes.
Ter inteligência emocional é imprescindível para entender que o conflito não deve ser levado para o lado pessoal, mas sim manter as discussões nas ideias e não nas pessoas. É manter a calma e entender que conflito são normais e olhar sempre para o lado positivo dos mesmos.
E, finalmente, trabalhando a empatia conseguirá entender melhor os anseios, medos e dores de cada parte envolvida.
Com isso, ao final do processo, terá uma equipe mais fortalecida, onde essa energia que advém dos conflitos é direcionada para soluções inovadoras, proporcionando resultados extraordinários.
Por isso, líder, não jogue a moeda dos conflitos para cima para ver que lado cai, clamando que a sorte lhe favoreça. Escolha você mesmo o lado da moeda que deseja para sua vida e seu time.
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* Rodrigo Gomes Valentim é empresário, coach e mentor de líderes e negócios e analista de perfil comportamental. Graduado em Educação Física e graduando em Administração, possuí MBA em Gestão de Projetos e em Gestão de Negócios e é pós-graduando em Gestão de Pessoas: Carreiras, Liderança e Coaching.
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