Estamos carentes de heróis

As sociedades, ao longo do tempo, sempre tiveram seus heróis. Pessoas comuns que se superavam e se tornavam exemplos para os demais. Parece que estamos perdendo nossas referências.

Se você, como muitos ao redor do mundo, também mudou sua cronologia esportiva e acompanhou as olimpíadas de 2020 que ocorreram em 2021 (adiamento único no calendário olímpico), deve ter se emocionado com alguns ótimos e novos exemplos que o esporte revela a todo instante. Ainda que fresco na memória, vale ressaltar alguns desses:

  • a maior ginasta dos últimos tempos, Simone Biles, ícone de força e superação para muitos atletas e não atletas, permitiu-se mostrar sua humanidade ao decidir não competir em várias provas olímpicas por não se sentir mentalmente apta naquele momento;
  • uma brasileira de 13 anos, Rayssa Leal, tornou-se a brasileira mais jovem a ganhar uma medalha olímpica dançando entre as etapas da competição de skate, sendo ela mesma na sua essência e vivendo o momento da melhor forma possível;
  • parafraseando o Galvão, o nascimento de uma “nova rainha” da gisnáticas artística do Brasil, Rebeca Andrade, que conquistou o Olímpo depois de anos de muita dedicação e esforço para alcançar o alto desempenho, sem esquecer de sua origem familiar e comunitária;
  • na mesma linha, o choro de Ítalo Ferreira, primeiro campeão olimpico do surf, de se derramou em lágrimas após ganhar a competição e lembrar de sua origem, valorizando tudo o que viveu até ali.

Poderíamos passar linhas e linhas tratando sobre estes e outros “heróis olímpicos”, mas é suficiente para entendermos que grandes homens e mulheres (em qualquer idade) têm a verdade como história e como exemplo. Seja na vitória ou na não vitória, porque nestes casos não existem derrotas, somos sempre remetidos a uma situação verídica, a uma história real, a fatos que não foram criados ao acaso para alcançar interesses pessoais ou de grupos, de forma a iludir a quem os veem, mas sim com um compromisso de construir uma vida e um legado sólidos e fieis a sua essência.

Percebeu a mudança no pensamento? Foi proposital!

O contraponto do legado olímpico que vivemos não estão no futuro, como subentende a palavra “legado”, mas no presente. Alías, muito presente em nossas vidas. Nossas mentes forão contínuas e simultaneamente bombardeadas de verdades olímpicas vividas e mentiras políticas emanadas. Enquanto lacrimejávamos emocionados pela verdade apresentada pelos atletas, continuávamos sucumbindo a uma guerra de falsas verdades e fake news onde governantes e seus pares (como eles mesmos chamam) tratavam de espalhar entre a população.

Assim como nas culturas antigas, como gregas e egípcias, vivemos momentos de levante de mitos, homens e mulheres que se intitulam semideuses e que, tal qual nossos reais atletas fazem nas olímpiadas, querem alcançar o Olímpo. Só que no caso destes, o Olímpo do poder e do domínio. Para tal, lançam mão de todos os artifícios, por mais mesquinhos e mentirosos que sejam, para ter o que querem, sem o esforço e a verdade dos nossos heróis atletas, mas com uma gana tal qual ou até maior.

Carentes de exemplos que somos, acabamos nos deixando levar por fake mitos que surgem a cada dia, abraçando-nos a um fio de esperança de que eles podem nos salvar das ameaças do mundo. Porém, nossos verdadeiros heróis vem para mostrar que a “salvação” depende de esforço e verdades, numa luta diária contra nós mesmos, nossos limites, superando-nos e conquistanto a cada dia mais um degrau rumo ao nosso Olímpo pessoal.

Por Edson Sá – Redes e Saberes

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