Com o avanço da vacinação e a flexibilização das regras sanitárias de combate à COVID, as escolas terão um novo momento de adequação. Mas será que voltaremos ao modelo pré-pandêmico?
Por Edson Sá, consultor e instrutor
Que um novo modelo educacional surgiu com o desenvolvimento da tecnologia da informação e comunicação já não é novidade. O acesso a equipamentos e recursos digitais e a popularização da internet fez com que milhões de estudantes tivessem acesso a um conhecimento antes restrito aos livros e professores. Basta um clique num site de pesquisa para que informações de todos os tipos (confiáveis ou não) surjam na tela do smartphone.
Apesar dessa realidade, nos anos que antecederam o surto de COVID-19 no mundo a grande maioria das escolas, especialmente de ensino básico, ainda não tinham lançado mão da imensa gama de oportunidades que o acesso à internet pelos alunos proporcionava ao desenvolvimento escolar. A pandemia acelerou um processo que já estava acontecendo, visto que a exigência de distanciamento social obrigou as escolas a buscarem soluções, especialmente na própria tecnologia, para manterem suas aulas ativas e seus estudantes em constante aprendizado.
Ainda que o acesso aos recursos tecnológicos não fossem o mesmo para todos os envolvidos – gestores, professores e estudantes -, especialmente pela enorme diferença socioeconômica vigente no país, de alguma forma as escolas usaram recursos tecnológicos, na medida do possível a cada pessoa, para manter a continuidade do ensino. Se foi suficiente ou não, o tempo vai nos mostrar. De toda forma, a proposto não propriamente analizarmos a defasagem educacional que a pandemia e o nosso despreparo para enfrentá-la pode causar, mas sim lançarmos um olhar daqui para adiante, de como podemos viver esse novo momento.
O uso de recursos tecnológicos na educação, assim como em nossas vidas pessoais, é algo que não tem mais volta. Os saudosistas dos tidos “bons tempos” de uma educação do século passado terão que lidar com uma mudança que, mesmo que forçada nos últimos anos, está posta e terá que atender a um novo estudante, que aprendeu a aprender dessa forma.
O censo escolar 2020, realizado pelo INEP com escolas publicas e privadas de todo o Brasil (veja dados aqui), mostrou que, no auge da pandemia no ano de 2020, 98% das escolas pesquisadas tiveram que adotar estratégias não presenciais de ensino, sendo um número expressivo destas usando o recurso de aulas síncronas (transmissão ao vivo) para seus alunos. Uma realidade que certamente não atendeu as necessidades de todas e todos, mas que abriu as portas para um modelo não tão novo, mas presente na vida de todos a partir daquele momento.
Diante desse cenário, e com a diminuição dos efeitos e perigos da pandemia, alunos e professores têm voltado ao ambiente escolar, mas, como dizia Einstein, “uma mente que se abre para uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”. Por isso, alunos voltaram sim aos bancos escolares e professores aos bons e não tão velhos quadros brancos, mas acompanhados de seus celulares e seus notebooks respectivamente. Muitos não mais copiam o assunto, mas fotografam; vídeos e slides têm se tornado uma constante nas aulas; o compartilhamento do conteúdo se dá pelos aplicativos de troca de mensagem; e muitas tarefas são enviadas por email ou feito seus uploads em plataformas nas nuvem. Sem falar na educação à distância (EAD) que continua cada vez mais forte e vigente entre jovens e adultos, mas isso será tema de um próximo texto.
Enfim, a escola mudou, e mudou para melhor. Ainda que recobremos algumas ações do modelo passado, o futuro tornou-se presente e o modelo educacional se fez novo. Cabe a cada um se adequar e aproveitar o que isto tem de melhor. Nossos estudantes contam com isso.
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