Por Nuno de Bravo
A liderança, a criatividade e a tomada de decisão estão intrinsecamente ligadas. Num cenário incerto, como o que o mundo atualmente vive, visão criativa e pensamento inovador é o que alavanca as empresas para o sucesso. Se a sociedade e os consumidores mudam, então a empresa também tem que mudar, senão correm um grande risco de seus clientes trocarem ou abdicarem dos seus bens ou serviços que adquiriam na empresa até aos dias de hoje.
Esta transformação elevou a criatividade para um outro patamar. O mundo atual está a passar por um processo de transformação em escala mundial, levando as pessoas a novos hábitos e a novos costumes. Assumindo a criatividade um grau de relevância muito maior, que até estava no cerne dos negócios, mas os tempos atuais elevaram a sua importância nas organizações, na liderança destas e na gestão das empresas.
A criatividade produz uma recompensa de médio e longo prazo, levando os líderes a colocar a maioria do seu foco em algo que traga um retorno mais rápido e não tão longinco na linha do tempo. Como consequência, as empresas davam preferência a recursos de execução cujo a sua aplicação trouxesse retorno imediato, focando-se em soluções cujo o ciclo de vida sejam muito curtos. Resumidamente efeitos consecutivos de “reação vs ação” e vice-versa.
A criatividade é uma maravilhosa ferramenta de negócios, pois impulsiona a produtividade e promove o sucesso de pessoas e das empresas. Ela é considerada como uma das qualidades mais importantes de um líder empresarial.
No entanto, para qualquer líder ou empresa poder usufruir do poder criativo, vão ter um enorme desafio pela frente, pois a criatividade implica o abandono das estruturas rígidas e tradicionais, algo que ainda está muito enraizado nas empresas, empresários e gestores que lideram as empresas. Mais cedo ou mais tarde essas empresas vão ter que mudar ou arriscam-se a ficar para a história.
Um estudo realizado pela IBM, junto de 1500 líderes, sobre o que impulsiona a gestão das empresas, classificou a criatividade como a qualidade de liderança mais importante para o sucesso nos negócios, superando a integridade e o pensamento global. Na ICAN Conference de 2015, mais de 2000 participantes na conferencia redefiniram as 4 caraterísticas-chave que um líder precisa de ter para conduzir as empresas no futuro. A criatividade é uma delas. Algo que Napoleon Hill, no seu livro “A lei do Sucesso”, escrito em 1928, já considerava como uma caraterística fundamental para o sucesso nas empresas. Vale lembrar que Napoleon Hill viveu entre 1883 e 1970 e era consultor dos homens mais influentes do mundo, como por exemplo Thomas Edison e Henry Ford.
É por isso que, num mundo cheio de incertezas, a criatividade tornou-se o traço de liderança mais importante; as empresas precisam de líderes criativos. Em 2019, foi considerado pelo Linkedin como a “habilidade mais importante do mundo”; o Fórum Económico Mundial (WEF) colocou-a em terceiro lugar, no “top ten” de habilidades que um líder precisa de ter para alcançar o sucesso na Quarta Revolução Industrial, ultrapassando surpreendentemente a inteligência artificial e a ciência dos dados.
Mesmo assim, muitos líderes falham no cultivo desta qualidade essencial. Como consequência, acentua-se cada vez o facto de os trabalhadores não “viverem de acordo com o seu potencial criativo”, mas sim “sob a pressão de serem produtivos no seu trabalho”, indo-se por um caminho cada vez mais distante daquilo que as pessoas, a economia e a sociedade pretende para o futuro.
Existem muitas vantagens para uma liderança criativa dentro das empresas, destaco:
Fidji Simo, chefe de aplicativo do Facebook, numa das sessões de brainstorming que lançou na sua equipe, simplesmente questionou “que sentimentos as pessoas desejam ter?”. Foi a rampa de lançamento para a App “Facebook Live”.
A criatividade é uma habilidade critica e tem deve ser aproveitada ao máximo pelas empresas, porque, se não aproveitarmos as novas ideias, vamos estagnar. Ela permite fazer as coisas de maneira diferente e libertar-nos das correntes do passado e dos negócios tradicionais. Vá para fora da sua zona de conforto e explore o seu lado criativo e dos seus colaboradores, dê liberdade de pensamento e vai ficar surpreendido.
Para concluir, advirto que, apesar de a criatividade ser um dos pilares para o futuro das empresas, é fundamental também ter um espírito analítico, lógico e sistemático. O melhor cenário é associar os dois estilos de pensamento.
Garanto-lhe que, se conseguir ter estes dois pensamentos, então está preparado para obter mais produtividade e ser mais bem-sucedido. Certifique-se de incluir todos os estilos de pensamentos na sua equipe ou no seu grupo de trabalho. É meio caminho para o sucesso.
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* Nuno de Bravo – possui Licenciatura em Organização e Gestão de Empresas e Mestrado em Gestão com Especialização em Empreendedorismo e Inovação. Discípulo de Soumoodip Sarkar, um dos Gurus Mundiais da área do Empreendedorismo e Inovação. Sempre trabalhou na área financeira das empresas, dos mais diferentes setores de atividade, com especial foco para as empresas familiares de média e grande dimensão. Dedica-se a anos ao estudo do coaching e da PNL, dando atualmente apoio a empresas, nos 4 cantos do mundo, contando para isso com diversas certificações internacionais na área do Coaching e da PNL.
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